A
sedução da roupa desportiva e o próprio prestígio social do Desporto são coisas
relativamente recentes na História do Ocidente. A excepção (que confirma a
regra) eram as práticas relacionadas com a equitação, só possíveis entre quem
possuía o bastante para comprar e manter a montada em boa forma. A grande
revolução para homens e mulheres, também nesta área, aconteceu nos anos
imediatos à Primeira Guerra Mundial, quando o suor e o aspecto bronzeado
deixaram de ser tristes apanágios das classes trabalhadoras, para se
transformarem em possíveis evidências de saúde e boa forma física ao alcance
dos elegantes e ociosos.
Em
breve, criadores de moda, como Coco Chanel, “surfavam” esta “onda” e levavam para
a vida urbana roupa claramente inspirada nas práticas desportivas,
proporcionando às mulheres uma liberdade de movimentos de que nunca tinham
gozado. Em breve, teríamos a sociedade elegante da Europa e Estados Unidos a
usar vestidos curtos, inspirados no ténis, e calças de golfe em garden-parties, com o elegante Príncipe
de Gales (futuro Eduardo VIII) e numerosas “estrelas” de cinema a ditarem a
tendência.
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